Bom dia, boa tarde ou boa noite! Como estão?
Hoje está uma quarta-feira bem chuvosa aqui em Curitiba, interditaram varias ruas e acabei não indo para a faculdade afinal eu vou de ônibus e seria uma desgraça ir a pé depois de descer no centro. Então resolvi fazer um post sobre algo que me ocorreu hoje mesmo. Logo de manhã, era quase 10h e eu estava na cozinha quando a filha de uma das minhas primas chegou aqui, a criança tem dois anos e dez meses. É uma criança sem nenhum problema, não é TDAH, autista, disléxica, não, ela é uma criança "normal". Então ela passou a manhã aqui brincando com algumas coisas e depois dancei com ela em um jogo de videogame e então coloquei para assistir My Little Pony pois é seu programa favorito, certo, quando chegou a hora do almoço ela ainda não tinha dormido pois não consegue longe de sua mãe mesmo que esteja caindo de sono. Ela não é uma criança que come de tudo e nem que come com facilidade, só se for besteira, besteiras ela come o dia inteiro se puder, sua comida favorita é batata frita. No almoço tínhamos arroz, almondegas com molho, pepino, vagem cozida e beterraba, eu por já saber que ela não come coloquei arroz pois ela pediu arroz e então coloquei duas almondegas picadas no prato pois ela gosta de carne. Eis que começamos a treta. Ela comeu o arroz e eu deixei a carne no prato e falei que se ela quisesse era só comer, mas o avô dela que estava em minha casa e minha mãe não paravam de falar pra ela comer a carne e atrapalhando a concentração da criança, em um momento ela acabou por pegar um pedaço de carne na colher e foi levando até a boca de forma distraída só que então minha mãe e meu tio (avô da criança) começaram "isso come a carninha!!" péssima ideia, pois ela ia provar e eles acabaram fazendo ela ver que ia comer uma coisa a qual ela não queria anteriormente, então começou a fazer birra de resmungar que não ia comer e tal então eu disse pra comer só o arroz e pronto. Mas não sei porque a criança não resolveu apenas voltar a comer só o arroz, começou a resmungar e resmungar cada vez mais alto até que ficou aos berros sem nenhum motivo aparente, berros sem choco, apenas berrava. Eu não sabia o que fazer então disse pra todo mundo simplesmente ignorar que se ela quisesse voltava a comer, mas o avô dela ficou constrangido com o ato e resolveu leva-la embora.
Então eu perguntei em um grupo como deveria proceder em casos desse tipo quando a criança não está com os pais e eu estou responsável por ela e muitos me disseram pra esperar ela se acalmar e se quisesse comia depois e tal, tentar argumentar que se comesse poderia assistir algo que gosta ou comer algo de sua preferencia, obvio que eu não pensei em momento nenhum bater nela afinal não é minha filha e eu acho que bater não adianta de nada.
Eu acabei por não fazer nada afinal ela foi levada embora da minha casa, mas fiquei pensando o que eu poderia ter feito se o avô dela não estivesse aqui? Ela não é minha filha então eu posso tomar as devidas providencias de castigar a criança ou coisa assim? Eu não sei!
Eu penso que provavelmente teria deixado ela ali berrando enquanto os outros almoçavam normalmente até ela ver que aquilo não ia adiantar de nada, o que eu acho que eles não fazem em sua casa, creio que quando ela começa com os berros eles imediatamente fazem o que ela quer para que pare de gritar, mas isso é muito errado pois estão educando-a de forma com que ela acha que gritar vai trazer tudo que ela quer pois está dando certo agora. Mas e quando essa criança crescer e virar um adolescente, adulto, a desculpa de "deixa é só criança" não vai mais colar, como ela vai vier a vida se gritar não funciona?
Além de que ela come super mal e tenho medo de ela acabar ficando doente por só comer batata frita, salgadinho, chocolate e balas.
Mas o que eu posso fazer? Ela não é minha filha...é minha prima de segundo grau.
A educação infantil é algo muito complicado e que cada um vê como acha melhor pra si, mas quando o comportamento de uma criança afeta seu relacionamento com pessoas fora de sua casa eu acho que isso é sim um grande problema, pois como ela vai ser dentro de uma creche ou escola? Um grande problema para os colegas e professores que não tem obrigação nenhuma de corrigir a educação das crianças que lhes são "dadas". Eu falo isso pois sou estudante de Letras e tenho muito medo dessa nova geração que está adentrando as escolas agora e que ainda entrarão. Medo de dar de cara com um monte de crianças que querem resolver tudo aos berros e tapas, o que nós podemos fazer?
Me falaram muito também para conversar diretamente com os pais, mas será que isso funciona? As escolas chamam os pais quando seu filho causa problemas e muitos dizem "é coisa de criança" ou que eles não tem tempo pra isso. Eu ir falar com ela pode acabar causando um problema familiar que eu não quero! Pois ela não aceita que o próprio avô da criança a repreenda um pouco que seja então quem sou eu pra falar alguma coisa? É muito difícil.
Esse texto não tem um fim educativo de fato pois eu estou perdida e queria por um pouco de meus pensamentos aqui talvez para expor e coloca-los em ordem talvez. E ver se mais alguém passa por isso ou sabe como lidar, o que fazer.
Cuidem direito de seus filhos, pensem neles como futuros adultos e como quer que sejam depois. Não pense em apenas se livrar das responsabilidades agora pois talvez elas sejam ainda mais sérias depois.
Xoxo
Hoje está uma quarta-feira bem chuvosa aqui em Curitiba, interditaram varias ruas e acabei não indo para a faculdade afinal eu vou de ônibus e seria uma desgraça ir a pé depois de descer no centro. Então resolvi fazer um post sobre algo que me ocorreu hoje mesmo. Logo de manhã, era quase 10h e eu estava na cozinha quando a filha de uma das minhas primas chegou aqui, a criança tem dois anos e dez meses. É uma criança sem nenhum problema, não é TDAH, autista, disléxica, não, ela é uma criança "normal". Então ela passou a manhã aqui brincando com algumas coisas e depois dancei com ela em um jogo de videogame e então coloquei para assistir My Little Pony pois é seu programa favorito, certo, quando chegou a hora do almoço ela ainda não tinha dormido pois não consegue longe de sua mãe mesmo que esteja caindo de sono. Ela não é uma criança que come de tudo e nem que come com facilidade, só se for besteira, besteiras ela come o dia inteiro se puder, sua comida favorita é batata frita. No almoço tínhamos arroz, almondegas com molho, pepino, vagem cozida e beterraba, eu por já saber que ela não come coloquei arroz pois ela pediu arroz e então coloquei duas almondegas picadas no prato pois ela gosta de carne. Eis que começamos a treta. Ela comeu o arroz e eu deixei a carne no prato e falei que se ela quisesse era só comer, mas o avô dela que estava em minha casa e minha mãe não paravam de falar pra ela comer a carne e atrapalhando a concentração da criança, em um momento ela acabou por pegar um pedaço de carne na colher e foi levando até a boca de forma distraída só que então minha mãe e meu tio (avô da criança) começaram "isso come a carninha!!" péssima ideia, pois ela ia provar e eles acabaram fazendo ela ver que ia comer uma coisa a qual ela não queria anteriormente, então começou a fazer birra de resmungar que não ia comer e tal então eu disse pra comer só o arroz e pronto. Mas não sei porque a criança não resolveu apenas voltar a comer só o arroz, começou a resmungar e resmungar cada vez mais alto até que ficou aos berros sem nenhum motivo aparente, berros sem choco, apenas berrava. Eu não sabia o que fazer então disse pra todo mundo simplesmente ignorar que se ela quisesse voltava a comer, mas o avô dela ficou constrangido com o ato e resolveu leva-la embora.
Então eu perguntei em um grupo como deveria proceder em casos desse tipo quando a criança não está com os pais e eu estou responsável por ela e muitos me disseram pra esperar ela se acalmar e se quisesse comia depois e tal, tentar argumentar que se comesse poderia assistir algo que gosta ou comer algo de sua preferencia, obvio que eu não pensei em momento nenhum bater nela afinal não é minha filha e eu acho que bater não adianta de nada.
Eu acabei por não fazer nada afinal ela foi levada embora da minha casa, mas fiquei pensando o que eu poderia ter feito se o avô dela não estivesse aqui? Ela não é minha filha então eu posso tomar as devidas providencias de castigar a criança ou coisa assim? Eu não sei!
Eu penso que provavelmente teria deixado ela ali berrando enquanto os outros almoçavam normalmente até ela ver que aquilo não ia adiantar de nada, o que eu acho que eles não fazem em sua casa, creio que quando ela começa com os berros eles imediatamente fazem o que ela quer para que pare de gritar, mas isso é muito errado pois estão educando-a de forma com que ela acha que gritar vai trazer tudo que ela quer pois está dando certo agora. Mas e quando essa criança crescer e virar um adolescente, adulto, a desculpa de "deixa é só criança" não vai mais colar, como ela vai vier a vida se gritar não funciona?
Além de que ela come super mal e tenho medo de ela acabar ficando doente por só comer batata frita, salgadinho, chocolate e balas.
Mas o que eu posso fazer? Ela não é minha filha...é minha prima de segundo grau.
A educação infantil é algo muito complicado e que cada um vê como acha melhor pra si, mas quando o comportamento de uma criança afeta seu relacionamento com pessoas fora de sua casa eu acho que isso é sim um grande problema, pois como ela vai ser dentro de uma creche ou escola? Um grande problema para os colegas e professores que não tem obrigação nenhuma de corrigir a educação das crianças que lhes são "dadas". Eu falo isso pois sou estudante de Letras e tenho muito medo dessa nova geração que está adentrando as escolas agora e que ainda entrarão. Medo de dar de cara com um monte de crianças que querem resolver tudo aos berros e tapas, o que nós podemos fazer?
Me falaram muito também para conversar diretamente com os pais, mas será que isso funciona? As escolas chamam os pais quando seu filho causa problemas e muitos dizem "é coisa de criança" ou que eles não tem tempo pra isso. Eu ir falar com ela pode acabar causando um problema familiar que eu não quero! Pois ela não aceita que o próprio avô da criança a repreenda um pouco que seja então quem sou eu pra falar alguma coisa? É muito difícil.
Esse texto não tem um fim educativo de fato pois eu estou perdida e queria por um pouco de meus pensamentos aqui talvez para expor e coloca-los em ordem talvez. E ver se mais alguém passa por isso ou sabe como lidar, o que fazer.
Cuidem direito de seus filhos, pensem neles como futuros adultos e como quer que sejam depois. Não pense em apenas se livrar das responsabilidades agora pois talvez elas sejam ainda mais sérias depois.
Xoxo
Comentários
Postar um comentário